A ação movida pelo PSOL, representada pela deputada federal Erika Hilton e pela ativista Amanda Paschoal, passa pela cerimônia de entrega do título de cidade paulistana à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal de São Paulo, evidenciando uma controvérsia política e legal em torno do evento.
Alega-se que a gestão da Prefeitura de São Paulo, liderada por Ricardo Nunes, estaria usando o evento para fins eleitoreiros, o que poderia configurar um crime contra a administração pública de peculato. Isso levou a um pedido de investigação por parte da Procuradoria de Justiça do Patrimônio Público e Social do Estado de São Paulo.
A escolha do Theatro Municipal para a cerimônia, em vez da tradicional realização na Câmara Municipal, tem sido objeto de debate. Enquanto o vereador responsável pela solicitação, Rinaldi Digilio, argumenta dificuldades logísticas na Câmara devido ao número de convidados, outras vozes, como o presidente da Câmara, Milton Leite, e membros do PSOL, questionam essa decisão, trazendo motivações políticas.
A resposta da Câmara Municipal, que afirma que as sessões solenes de entrega de honrarias começariam independentemente das eleições e que a Câmara comportaria o evento, contradiz o argumento apresentado pelo vereador Rinaldi Digilio. O posicionamento do prefeito Ricardo Nunes minimizou a polêmica, dizendo que o uso do Theatro Municipal é permitido a outras entidades também, já que não há espetáculos agendados.
No entanto, a recusa do Theatro Municipal em comentar sobre a reserva do espaço acrescenta uma camada de incerteza sobre os detalhes logísticos do evento. Essa situação reflete uma disputa política em torno do uso de recursos públicos e espaços emblemáticos da cidade para eventos que possam ter implicações eleitorais.
A decisão judicial em relação à ação do PSOL ajudará a esclarecer se a segurança será conveniente ou não ocorrerá no Theatro Municipal conforme planejado.