16 Apr
16Apr

Um relatório da Polícia Federal (PF) ao qual o blog da jornalista Camila Bonfim, da GloboNews, teve acesso revela informações alarmantes sobre a conduta do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) durante seu período como juiz da Operação Lava Jato. O documento, assinado pelo delegado Elzio Vicente da Silva, destaca que Moro teria aberto um processo sigiloso para possibilitar repasses à Petrobras sem que houvesse transparência ou prestação de contas sobre esses valores, permitindo ainda que parte do montante fosse direcionada por integrantes da Lava Jato.

Principais pontos do relatório:

  1. Processo sigiloso: Sergio Moro é apontado no relatório por ter aberto voluntariamente um processo sigiloso para facilitar o repasse não questionado de recursos de acordos de colaboração e leniência para a conta da Petrobras, alimentando a empresa com dinheiro desses acordos.
  2. Falta de transparência: O relatório destaca a ausência de transparência, controle e prestação de contas em relação aos repasses feitos à Petrobras nesse processo sigiloso, indicando omissão por parte de Moro diante das ações da força-tarefa da Lava Jato.
  3. Atuação indevida: Os integrantes da força-tarefa da Lava Jato são acusados de assumir indevidamente o papel de representantes do Estado brasileiro junto à Petrobras e às autoridades norte-americanas, influenciando na definição dos valores dos acordos.
  4. Suposta diligência irregular: O relatório menciona diligências americanas em solo brasileiro, em desacordo com o Código de Processo Penal brasileiro, e a homologação de um acordo entre a Lava Jato e a Petrobras que permitia o direcionamento de valores elevados para atores particulares, sem envolver outros órgãos no processo.

Considerações:As revelações contidas no relatório da Polícia Federal colocam Sergio Moro em uma situação ainda mais delicada, evidenciando possíveis irregularidades e condutas criminosas durante sua atuação como juiz da Lava Jato. A falta de transparência e a suposta manipulação dos recursos destinados à Petrobras levantam questões éticas e legais que precisam ser investigadas de forma rigorosa e imparcial.O senador Sergio Moro negou veementemente as acusações, destacando que os recursos foram devolvidos à Petrobras sem desvios. No entanto, as informações apresentadas no relatório provisório da Corregedoria do CNJ apontam para a necessidade de uma investigação minuciosa para esclarecer os fatos e responsabilidades envolvidos nesse caso. 

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